Os Magistrados da 8ª Região
Trabalhista participaram da I Semana Institucional da Justiça do Trabalho da 8ª
Região (Pará e Amapá), em Belém, no período de 7 a 11 de outubro. No último dia
de palestras, participaram da mesa de abertura o Diretor da Escola Judicial do
TRT 8, Desembargador Francisco Sérgio Rocha, o Presidente da AMATRA 8, Antonio
Oldemar Coêlho dos Santos, o Presidente da ANAMATRA, juiz Paulo Schmidt e o
juiz João Ricardo dos Santos, candidato à Presidência da AMB, pela chapa
Movimento Unidade e Valorização.
Com a temática da institucionalização,
os magistrados abordaram a posição associativa. Com o foco no coletivo, falaram
sobre o papel da Associação em defesa dos direitos e prerrogativas da magistratura
enquanto instituição.
Em sua fala, o juiz João Ricardo dos
Santos destacou um dos maiores problemas enfrentado pela magistratura. O CNJ,
embora seja entidade com a finalidade de traçar políticas judiciárias como
forma de garantir as prerrogativas dos juízes, está deixando de lado esse aspecto
e trabalhando apenas como órgão fiscalizador de metas. “Cabe às associações de
magistrados levarem ao CNJ essa preocupação. Hoje, a AMB não consegue atingir esse
objetivo, mas nós precisamos resgatar esse papel e voltarmos a ser instituição
interlocutora entre a magistratura e a sociedade”, reivindicou o candidato à
Presidência da Associação dos Magistrados Brasileiros.
No encontro promovido pela EJUD 8 foi destacada
a qualidade do serviço prestado pela Magistratura Trabalhista em relação ao Processo
Judicial Eletrônico (PJe), tendo em vista que o Conselho Nacional de Justiça estabeleceu
como prioridade da Justiça brasileira para 2014 o aumento da produtividade. “Como
pode o CNJ exigir cada vez mais o cumprimento de metas, se não temos condições
adequadas para cumpri-las?”, indagou o juiz Presidente da Associação Nacional
de Magistrados da Justiça do Trabalho – ANAMATRA, Paulo Schmidt. O tema foi
alvo de críticas também durante o debate. Os juízes alegam que os problemas
técnicos do PJe tem afetado o andamento dos processos nas Varas do Trabalho.
Ainda neste dia, foi assinada pelos
presentes a moção contra o Projeto de Lei 4330/2004, em tramitação na Câmara
dos Deputados, que dispõe sobre “o contrato de prestação de serviço a terceiros
e as relações de trabalho dele decorrentes.” De acordo com a Moção, o PL em
questão afasta a responsabilidade do tomador de serviços terceirizados. Assim,
os juízes da 8ª Região se manifestaram publicamente contra a “tentativa de
terceirização ilícita, afastando a responsabilidade do tomador de serviços pelo
inadimplemento das verbas trabalhistas, consubstanciados no PL 4330, em trâmite
no Congresso Nacional”.
A moção será encaminhada pela AMATRA 8
ao Presidente do Congresso Nacional e aos deputados que compõem a CCJ da Câmara
Federal.
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